terça-feira, 1 de setembro de 2009

Competição. Um bem? Um mal?

Uma das razões da evolução do mundo é a competição.

A competição gera as condições de se criar indicadores reais de mensuração da evolução.

A competição gera novas metas, novos paradigmas, novos benchmarkings, novos modelos, novas arquiteturas, novas estratégias.

A história mostra que onde há competição há progresso, evolução, vida, aprendizado e trocas.

A ausência de competição leva a estagnação, a uma desatenção, a uma falsa estabilidade e claro, ao atraso, ao retrocesso, ao egoísmo, a imposição.

Entretanto, quando se fala em competição muitas pessoas reagem como se fosse um mal.

Pode haver, em meu ponto de vista, duas razões para isto: o medo ou a ignorância.

Vamos falar primeiro da ignorância.

A maioria das pessoas não conhece o significado da palavra e a origem da competição.

Competir vem do grego e significa “Estar juntos” “Andar juntos”.

A competição surgiu nas Olimpíadas, na Grécia Antiga.

Quando 8 pessoas vão competir em uma corrida de 100 metros rasos elas vão estar juntas, sair juntas.

Quando 20 equipes disputam o Campeonato Brasileiro de Futebol eles vão estar juntos, sair juntos e todos em mesma igualdade de condições e regras.

Quando 90.000 pessoas resolvem disputar a Maratona de New York, vão estar também, juntas. E ai se o Marílson dos Santos foi o campeão significa que era o mais bem preparado nas duas vitórias consagradoras e assim o fez no menor tempo. Dois momentos eternos em 05/11/2006 e 02/11/2008.
Ele passa a ser um paradigma e estímulo para todos os outros.

O que precisa ficar claro a todos nós é que em uma competição você disputa com você mesmo. Seu excesso de peso, sua falta de treinamento, seu despreparo.

O outro não é e nunca será seu adversário. Seu adversário sempre será você mesmo.

Quanto melhor for o nível da competição, maior será o nível que tenho que me enquadrar para permanecer na competição.

A competição realça as qualidades e o preparo do competidor, a competição engrandece e enobrece os competidores.

Na verdadeira competição, quando ela termina as pessoas e empresas harmonizam e vão fazer suas reflexões para a próxima etapa.

As pessoas ou empresas que reagem à competição por medo, geralmente são as que não querem perder a sua posição de poder. Conhecem suas franquezas e se fecham ao novo, a disputa e a se expor.

As empresas que defendem proteção do mercado estão nessa fase.

O Brasil ainda é um dos mercados mais fechados do mundo e foi muito mais em passado recente, o que nos deixou no atraso e sem competitividade.

Ter o outro competidor como adversário que deve ser combatido ou derrotado a qualquer preço não é apenas uma mentalidade primaria e atrasada, mas principalmente uma demonstração de fraqueza.

Este competidor não tem consciência que sua fraqueza está em seu despreparo.

O comportamento destas empresas é impor e atuar muitas vezes de maneira desonesta. O tempo desbanca esta estratégia suicida.

A empresa monopolista e hegemônica no seu mercado, ou a empresa estatal sem concorrência e regras de mercado são ambientes propícios para a burocracia, cabides de emprego, propinas, atraso e desrespeito ao cliente.

Nosso passado de empresas sem concorrência e estatais é recente e com certeza nossa memória fresca para este estado de ineficiência e ineficácia.

Há, entretanto, interesses escusos defendo a volta a este triste passado de estatização e fechamento de mercado.

Quem tem medo da competição?

Fica aqui um desafio meu amigo, minha amiga, para que você reflita e se avalie.

Você tem medo da competição?
Para você a competição é um bem ou um mal?
A empresa em que você atua, tem medo?
Na sua atividade profissional quem é seu competidor e quem é seu adversário?

Aguardo seus comentários no blog.

Um comentário:

Anônimo disse...

Poxa, eu achei super interessante pois tenho que fazer uma seminario sobre competição no geral, e na area de trabalho tambem.
ficaria grato que pudesse me ajudar com alguns artigos! Obrigado desde já !