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Foram 26 dias de viagem, uma boa parte pelo continente, onde dirigi 2.500 quilômetros .Roteiro: Atenas, Corintos, Micenas, Epidaurus, Iria, Nafplio, Cosmas, Gythio, Monemvasia, Sparta, Mistras, Kalamata, Olímpia, Pátras, Delfos, Arachova, Meteora, Igoumenitsa, ilha de Corfu, Preveza e Pireus.
Os últimos 10 dias pelas ilhas Mykonos, Delos, Santorini e Rhodes.
Vi um país em reconstrução com investimentos na restauração de suas riquezas históricas e na moderna infra-estrutura de estradas, aeroportos e portos.

Conheci um povo unido, receptivo, cooperativo e simpático que nos recebeu bem com muito profissionalismo e gentileza.
Ouvi e curti uma música mágica que embala e encanta.
Vi e apreciei uma natureza bonita e rica onde as oliveiras se destacam.
Aprendi com sua historia, monumentos, acrópoles, museus, monastérios, onde identifiquei um pedaço de mim e de cada um de nós.

Estar em Epidaurus, em um teatro de arena para uma platéia de12 mil pessoas, construído há 27 séculos e vivenciar sua acústica ao declamar uma poesia, e assistir manifestações artísticas de turistas de todo o mundo foi uma emoção indescritível.

Andar por onde Sócrates, Platão, Aristóteles, Diógenes e Pedro andaram e sentir suas presenças é de arrepiar.
Vivenciar e estar no palco de conquistas e guerras que moldaram nossa civilização por séculos, onde a grandeza do ser humano chegou ao Divino e suas fraquezas ao egoísmo, mentiras, saques e destruição foi uma oportunidade de reflexão, expansão da consciência e humildade.
A Grécia foi palco de dramas e comedias no teatro vivo que nos deu. Deixei uma parte de mim lá, trouxe coisas novas em minha alma.
O clima ameno em fim de uma primavera florida, os dias lindos emoldurados pelo azul celestial que só o céu da Grécia têm, o azul marinho e translúcido que só o mar grego oferece, me proporcionaram um mergulho em momentos sagrados de auto-conhecimento.


Nadei muito e curti praias paradisíacas como a de Stegma em Rhodes.
Entender o meu mundo ao conhecer um novo foi um reencontro comigo.
A Grécia é hoje uma economia globalizada, faz parte da comunidade européia e tem o euro como sua moeda.
A crise financeira do mundo e o agravamento do contexto europeu se refletiram lá, mas as medidas duras de ajuste de contas internas já fizeram com que a Grécia esteja no rumo certo.
Se a Alemanha já tivesse sido solidária mais cedo o custo e os sustos seriam menores para a Grécia e para o mundo.
A Grécia não é problema, a Grécia é solução.
A Grécia é o 18º país em qualidade de vida com seu 0,942 de IDH (índice de desenvolvimento humano), tem uma renda per capita de mais de U$$ 37 mil com excelente distribuição de renda. Seu território é de 131.957 km² com uma população de 11,26 milhões de habitantes.
Na Grécia não vi pobreza, crise social, insegurança e todas as cidades, mesmo as pequenas, têm excelente infra-estrutura.
A Republica Helênica se consolidou como uma nação próspera e moderna tendo seus valores, língua e tradição religiosa na igreja ortodoxa bem características.
A Grécia é internacional e o inglês a segunda língua. Sente-se no dia-a-dia um povo que faz do trabalho uma tarefa prazerosa e alegre.

Bons serviços nos hotéis, restaurantes e serviços de transporte e museus é a regra geral.
A Grécia preza a paz, a harmonia e a união que conquistou sem se esquecer que no século XX, durante a II Guerra Mundial, foi ocupada pela Itália, Alemanha e Bulgária, que sofreu com uma guerra civil entre 1946 e 1949 e passou por uma ditadura militar de 1967 a 1974.
A Grécia é um país de primeiro mundo e uma escola para todos os países, onde a base da sociedade é a família.

Esta viagem foi planejada por meu amigo de Florianopolis, Alceu, pois sua esposa Maria, neta de gregos da ilha de Kastelorizo iria lá completar seus 60 anos. Entrei de carona e com minha esposa Silvia e uma outra amiga Sandra fizemos um grupo de cinco. Fomos conhecidos, voltamos amigos, mas este é um assunto para outro texto.