segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Democracia, liberdade e evolução política.

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Viva o Chile, que em 17 de janeiro de 2010 deu uma demonstração de civilidade, cidadania e evolução política.

Alguns minutos após a realização do segundo turno das eleições presidenciais tivemos as declarações de Michelle Bachelet, atual presidente que deixa o cargo após um mandato de 4 anos com uma aprovação de 81%, índice recorde na América Latina; de Sebastián Piñera o presidente eleito com 51,3% dos votos e de Eduardo Frei, candidato derrotado com 48,7% e ex-presidente do Chile de 1995 a 2000.

Quem ganhou? Quem perdeu?

Ganharam todos eles, mas principalmente o povo chileno que exerceu na essência a democracia em um ambiente de respeito e harmonia, características do exercício da verdadeira liberdade de escolha.

A alternância de poder que é exercida em nome e por escolha dos cidadãos é, sem duvida alguma, o caminho que constrói com sustentabilidade a evolução política.

Este momento do Chile é reflexo de um investimento constante em civilidade e democracia, através do investimento em educação e saúde, prioridade de todos os últimos governos.

A socialista Michelle Bachelet, chamada pelos chilenos de mãezona exerceu seu mandato dando um exemplo de austeridade e decência em sua vida pessoal e familiar, e com isso manteve o Chile inserido na economia mundial. Ela também soube manter as bases de uma economia de mercado e superou a crise internacional sem assaltos, simplesmente realizando as reformas que eram necessárias.

Em declaração conjunta, Sebastián Piñera disse “Nosso país precisa hoje, mais do que nunca, de unidade. Para se ter um bom país necessitamos não só de um bom governo, mas também de uma boa oposição. Tenho certeza de que teremos uma oposição leal, construtiva e que vai fiscalizar com rigor, pois assim teremos um país melhor para todos.”.

Elogiando o candidato Eduardo Frei, reforçou que os dois são unidos por um profundo amor pelo Chile.

O ex-presidente e candidato derrotado, Eduardo Frei, afirmou “O novo governo abre novas expectativas para muitos chilenos.” e desejou a Piñera pleno êxito em seu governo. “Quero desejar êxito ao novo presidente, que trabalhe bem, pois assim vai bem o Chile.”.

Piñera recebeu por telefone os parabéns da atual presidente Michelle Bachelet e agradecendo suas palavras pediu conselho e ajuda para continuar com muitas das coisas boas feitas durante seu governo.

Que estes acontecimentos do Chile sirvam de reflexão e exemplo a todos os paises latinos americanos.

Que tenhamos aqui no Brasil não somente um tratado ou Programa Nacional de Direitos Humanos, mas simplesmente respeito, dignidade e sinceridade nas relações e no trato das coisas publicas.

Que possamos comparar a revolução bolivariana que o coronel Chaves levou a Venezuela e tenta exportar para toda América Latina, com os resultados, a liberdade, a dignidade do povo nesta festa cívica do Chile.

Teremos em 2010 a oportunidade de poder exercitar o direito de liberdade, de pro atividade e de ação para a construção da democracia, da liberdade e da evolução política que queremos para o nosso querido Brasil.

Não tenhamos medo dos que estão no poder e lutam de forma insana e corrupta para se eternizarem, pois eles passarão muito mais rápido do que imaginamos. Estamos as vésperas de um novo Brasil.

Releiam meu artigo de 24 de setembro de 2009 “Os deuses, a música e o Chile

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O novo mundo do aprendizado on-line e o enterro da velha Universidade

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Meu amigo Marcos Telles, em 27 de novembro de 2009, foi um dos palestrantes do 4º Encontro CIEE – ABED de Educação a Distancia.

O evento se realizou no Espaço Sócio Cultural Teatro CIEE no Itaim – Bibi em São Paulo.

Eu fui um dos privilegiados em assisti-lo.

Com seu estilo enfático, tomou conta de toda a platéia.

Era um ator? Um aprendiz entusiasmado? Um sábio passando conhecimento aos que estavam atentos e abertos a receber esta dádiva?

Não sei.

Eu o conheço e convivo com o mesmo há décadas, se revelar a data ele vai ficar bravo, pois continua jovem.

Marcos Telles em poucas palavras descreveu o cenário do mundo:

Complexidade;
Paradigma de Indeterminação;
Pluralidade de Caminhos.

Assim para se atuar, interagir e se integrar há poucas opções ou caminhos:

Simplicidade;
Objetividade;
Ter escala;
Ter qualidade.

Já vivemos uma filosofia que na prática se traduz em:

Rapidez;
Flexibilidade;
Coerência;
Foco na prática.

Instrumentos de navegação para este mundo, aparentemente contraditório, mas real e em transformação são:

Ter competências requeridas;
Estratégias estruturadas;
Balance score card;
Indicadores de resultados.

Marcos comprovou de forma enfática e didática o momento em que o Titanic, chamado Universidade se choca com o iceberg Educação Continuada:

Lentidão X Rapidez;
Mudança difícil X Flexibilidade;
Segmentação X Coerência;
Distanciamento da prática X Foco na prática.










É meu amigo Marcos Telles você deixou claro que temos que desaprender mais rápido como fez a professora Marta de Campos Maia, que tem em sua filha de 16 anos sua tutora em fazer tudo ao mesmo tempo.

Marta foi a palestrante da manhã, profissional que se inspirou e cresceu nas suas vivencias da FGV - EAESP e se realiza na Educamos On-line.

Sua palestra sobre Inovação em Sala de Aula, quando aborda as tecnologias educacionais e os Nativos Digitais nos brinda com uma visão de futuro que já está ai. Fantástica. Ela acentua a revolução que a geração Y está fazendo de forma on-line, mas de forma sustentável.

Vejam em “power point” sua apresentação clicando aqui. É imperdível e vai fazer você cair de costas.

Adeus mundo dos sábios e dos donos das verdades, bem vindo mundo que se começa com descobertas via internet e na educação a distância.

Foi bom rever o também jovem e sempre pioneiro Frederic Michael Lito, entusiasmado presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância e ao excelente realizador Eduardo Sakemi superintendente de Tecnologia e Informação e da Educação do CIEE.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Ética no mundo digital

Falar do ar, por analogia, é falar da ética.

O ar é um alimento à vida, condição sine qua non à sobrevivência humana.

Sobreviver é seguir o ciclo da vida que se inicia com o sopro primeiro do pulmão e se encerra com a impossibilidade de se continuar a respirar.

A vida tem qualidade e plenitude quando se inspira o ar que se respira com amor, com ritmo e consciência, quando se dá assim valor ao viver e ao processo de evolução de cada ser humano.

A arte de respirar é fundamental na transformação qualitativa do corpo físico, a arte de viver com ética é fundamental na essência da transformação do nosso lado anímico.

Viver em comunidade e com solidariedade e compreensão ao outro é o respirar anímico que alimenta nossa essência de viver em sociedade e de nossa individualidade.

A ética é uma relação de respeito, de consciência e de plenitude primeiro a si mesmo, a ética é o ar que respiramos para se conseguir ter uma boa qualidade de vida.

Este estado expansivo de consciência nos dá base para nossa relação com o outro em um ambiente de harmonia, justiça e equilíbrio.

A ética é a expansão da consciência, quando falamos algo nos manifestamos, nos expomos pelo conteúdo e forma individual que cada um temos.

O modo de ser, o caráter das atividades é o significado da palavra grega “ethos”.

Os nossos hábitos, atitudes, comportamentos revelam nossa ética.

A ética é, portanto, pessoal e individual, mas baliza as relações entre as pessoas, e cria as bases ou regras de relacionamento de uma sociedade. A ética é, portanto, social e coletiva.

A ética é mutável e evolutiva e recebe uma forte influencia dos cenários locais e circunstanciais, dos valores vivenciados, da índole, da tolerância e influencias culturais, religiosas, familiares e etc.

A ética no mundo globalizado e digital será transformada pela expansão da consciência das pessoas, das comunidades, dos paises.

Há uma tendência em se vir a ter regras claras para a convivência e compreensão mundial e paz entre os povos.

Como ética é vida em transformação e há uma nova geração que nasce com a internet em um mundo digital, com certeza teremos uma revolução de comportamentos.

A geração “paz e amor” contribuiu para o fim de guerras, de intolerâncias e mais aceitação.

Criou base para o direito de minorias e quebra do racismo e apartheid.

Para onde levará a humanidade esta geração “Y” que elegeu Obama e quer respeito ao meio ambiente, responsabilidade social, fim do autoritarismo e consolidação das liberdades de expressão, manifestação e escolha de vida?

Fica aqui uma questão para que nós possamos refletir.

As regras políticas que atuam no mundo e no Brasil atendem esta demanda?

Este cenário atual atrai os jovens para estas ações de mudanças que estão ocorrendo?

Estamos nós profissionais em nossas atividades, atitudes, comportamentos e ações vivendo com coerência, harmonia e justiça dentro de uma nova e jovem interpretação da arte de viver?

Nós profissionais, empresários, trabalhadores sobreviveremos ao novo mundo que se inicia nesta nova era digital e de expansão da consciência?

O que acontecerá com a poluição, a corrupção, a fome, a miséria, a censura e as injustiças ainda neste século?