A sensação de inquietude que domina a todos nós é de medo contagiante.
A GM americana quebrou faz muito tempo. A sua sobrevida nos últimos anos se fez a um custo enorme. Nesta fase terminal em que o Estado, leia-se os contribuintes, a mantém financeiramente em coma induzido em nome da garantia de empregos, é uma atitude hipócrita, protecionista e suicida.
Não existe “enfarte fulminante” , se leva anos se criando as condições para tal.
Michael Lewis e David Einhorn em artigo do New York Times, publicado no Estado de São Paulo de 11 de dezembro de 2008, “O fim do mundo financeiro que conhecemos e como consertar um mundo quebrado” mostra em como estamos ainda tentando salvar coisas, instituições e empresas que já morreram.
O artigo deixa claro que a pirâmide financeira montada por Bernard Madoff poderia ter sido desarmada há nove anos. A Exchange Commission (correspondente a Comissão de Valores Imobiliários) foi alertada por documento produzido por Harry Markopolos, ex diretor de investimentos da Rampart Investment Management, que durante nove anos tentou mostrar a fraude. Pela estratégia declarada era não só improvável, mas matematicamente impossível se ter os resultados que eram obtidos.
Mas aqueles que estão ganhando ou levam vantagem com a fraude ficam insensíveis a qualquer realidade que os tire da zona de ganho ou conforto. Aqui hipocrisia e ganância começam a falar mais alto.
Creio que o “Estado Brasileiro” apoiado nos 3 poderes que deveriam se complementar, colaborar e serem independentes para ajudar na construção na Nação Brasileira e trabalhar para todos nós cidadãos e contribuintes que formam o povo brasileiro, passou por troca de interesses pessoais e gangs dos atuais e antigos ocupantes a destruírem a estrutura e organismos gestores da Nação Brasileira. Isto ocorre nos 3 níveis: federal, estadual e municipal.
Estamos novamente às vésperas de uma grande quebra do Estado Brasileiro, pois a classe dominante comandada pelo nosso presidente se prevaleceu do:
1 – “Boom financeiro” de seis anos da Economia Mundial;
2 – De um território extremamente rico;
3 – De um povo tolerante e crédulo (grande maioria mantida ainda como escravos através de esmolas assistencialistas, sem direito a educação, saúde, moradia e saneamento básico decentes e dignos) e;
4 – Uma economia moderna, pujante, criativa, mas garroteada por impostos que chegam a 40% do PIB e a maior taxa de juros do mundo que inviabilizam capitalização e novos investimentos.
O que ocorreu e está ocorrendo de fato nos últimos anos?
- A máquina estatal se inchou e se transformou em cabide de empregos;
- A corrupção se expandiu de forma endêmica;
- As reformas necessárias não foram feitas;
- Os investimentos em educação, saúde, saneamento básico, infra-estrutura, não foram realizados;
- O sistema de gestão (herança maldita) foi mantido, engessado, centralizado, burocratizado e estatizado.
- A única coisa importante é se manter no poder.
Mas como a marola não chegou e os índices de aprovação estão lá em cima o fenômeno “Exuberância Irracional” corrompe aqueles que estão ganhando ou levam vantagem com esta grande fraude e status quo os tornaram insensíveis a qualquer realidade que os tire da zona de poder, de ganho e conforto.
Aqui hipocrisia e ganância também falam mais alto.
Resta-nos a oportunidade de criar um novo mundo.
Vamos estar atentos amanhã a posse na Presidência dos EUA, quem sabe novas lideranças como Barack Obama possam surgir no mundo e por aqui, enquanto Lula, Chaves, Evo Morales, ficam tentando criar formas de se reelegerem ad eternum.
Há três dias atrás em um jantar aqui em Florianópolis, um jovem professor universitário da UFSC ao conversarmos foi duro comigo ao perguntar:
- Esta sua geração que está no poder, o que vai nos deixar?
Arrepiei e declarei. “Não queiram Dilma e nem Serra. Será ficar na mesmice, sem renovação e esperança de transformação para melhor.Eles ainda estão nos anos 60”.
“Mas onde está sua geração que não aparece?” perguntei.
Ele me disse que a censura e a falta de oportunidades hoje no Brasil é tão grande quanto na ditadura, pois é dissimulada e nem todos querem ser sindicalistas e políticos corruptos, só os oportunistas sem ética. É triste.
Durma-se com um barulho deste e saí da festa para assistir o último capítulo da minissérie da “Maysa – Quando fala o coração”, dirigida de forma brilhante pelo seu filho, o cineasta Jayme Monjardim.
4 comentários:
Caro Amigo Geraldo,
A querida Maysa, cantava:
"Se o meu mundo caiu, eu que aprenda a levantar".
E, também havia um sambinha de carnaval do passado que dizia: "Ai, ai ai,ai, está chegando a hora.....
Um grande abraço
Freitas
Puxa vida, que desânimo!!!
sei que o cenário é nebuloso, mas ...
vamos levantar a moral! pq pior que a crise financeira é a crise de confiança, certo?
um beijo grande
Stella Lobo
Olá Comp° Geraldo!
Meus parabéns pelo Blog, tenho a mesma opinião.
Comp°Bencz
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