sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Quando os Deuses se Encontram

Na vida de todos nós existem momentos mágicos e viajamos para outros planos.

Nossos pés deixam o sólo, nossas mentes flutuam e nossas almas tomam conta de nossos corpos. Dia 13 de agosto em São Paulo, às 20h00min no Itaim - Bibi, exatamente no teatro CIEE tive a felicidade de assistir ao encontro de dois deuses em um espetáculo ao som divino da jovem “Orquestra Bachiana Filarmônica”. João Carlos Martins e Chris Brubeck.

Já me emocionei com alegria interior e felicidade plena muitas vezes, mas nenhuma como esta.

Estava a 3 metros, bem no centro na terceira fila, assistindo a apresentação desses deuses e seus jovens arcanjos que tocavam na orquestra.

Nesses momentos se sente de forma vivenciada o valor do cumprimento entre duas pessoas usado pelos indianos. Namastê, ou seja, o Deus que está em mim cumprimenta o Deus que está dentro de você.

A música transforma esta reverência aos dois artistas, em um momento divino, único e eterno.

Na primeira parte do espetáculo João Carlos Martins, com seu encanto e simpatia contagiante de um ser alegre e feliz, vestido na elegância de sua postura e traje de maestro, rege a Orquestra Bachiana Filarmônica.

A cada movimento, a cada música e regendo com a alma, seu Deus Interior vai dominando o simples ser humano. O ambiente e a sintonia a todos transformam.

A Sinfonia Número 40 em sol maior de W. A. Mozart e em seu caminhar Allegro Moito, Andante, Menuetto, Allegretto, Trio, Allegro Assai nos leva a um estado de contemplação.

Na segunda parte entra em cena com seu jeito de meninão descontraído e o sorriso contagiante Chris Brubeck com o trombone.

João Carlos Martins rege o segundo movimento e em seguida o primeiro movimento do Concerto para Trombone de autoria de Chris Brubeck.

É um show de talentos e alegria.

A seguir Chris Brubeck com sua guitarra nos leva ao Jazz, Blues e Folk e a orquestra o levita.

João Carlos Martins, no momento seguinte, toca ao piano acompanhado pela orquestra, uma obra de Chris em homenagem a Johann Sebastian Bach demonstrando a profunda formação clássica de Chris.

Chris assume agora o piano e com a orquestra encantada ao fundo dá um show especial de Blues e Jazz. Ele canta suas composições, larga o piano, toca trombone e volta ao piano. Belo show. Para terminar com chave de ouro, João Carlos Martins ao piano e Chris ao trombone dão um espetáculo dos deuses.

Programa:
- Black Blue.
- Unsquare Dance.
- Blue Rondo para Orquestra e Piano.
João Carlos Martins ao piano.
Chris Brubeck arranjos.

Mais de 5 minutos de aplausos foi muito pouco para o melhor show que assisti em minha vida.

São momentos como estes que nos tiram da planície de vaidades, egoísmo e falsidade vivida pela maioria dos políticos que matam seus deuses internos em nome da ganância, do poder e da arrogância.

Uma boa semana para vocês.

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