Na vida de todos nós existem momentos mágicos e viajamos para outros planos.
Nossos pés deixam o sólo, nossas mentes flutuam e nossas almas tomam conta de nossos corpos. Dia 13 de agosto em São Paulo, às 20h00min no Itaim - Bibi, exatamente no teatro CIEE tive a felicidade de assistir ao encontro de dois deuses em um espetáculo ao som divino da jovem “Orquestra Bachiana Filarmônica”. João Carlos Martins e Chris Brubeck.
Já me emocionei com alegria interior e felicidade plena muitas vezes, mas nenhuma como esta.
Estava a 3 metros, bem no centro na terceira fila, assistindo a apresentação desses deuses e seus jovens arcanjos que tocavam na orquestra.
Nesses momentos se sente de forma vivenciada o valor do cumprimento entre duas pessoas usado pelos indianos. Namastê, ou seja, o Deus que está em mim cumprimenta o Deus que está dentro de você.
A música transforma esta reverência aos dois artistas, em um momento divino, único e eterno.
Na primeira parte do espetáculo João Carlos Martins, com seu encanto e simpatia contagiante de um ser alegre e feliz, vestido na elegância de sua postura e traje de maestro, rege a Orquestra Bachiana Filarmônica.
A cada movimento, a cada música e regendo com a alma, seu Deus Interior vai dominando o simples ser humano. O ambiente e a sintonia a todos transformam.
A Sinfonia Número 40 em sol maior de W. A. Mozart e em seu caminhar Allegro Moito, Andante, Menuetto, Allegretto, Trio, Allegro Assai nos leva a um estado de contemplação.
Na segunda parte entra em cena com seu jeito de meninão descontraído e o sorriso contagiante Chris Brubeck com o trombone.
João Carlos Martins rege o segundo movimento e em seguida o primeiro movimento do Concerto para Trombone de autoria de Chris Brubeck.
É um show de talentos e alegria.
A seguir Chris Brubeck com sua guitarra nos leva ao Jazz, Blues e Folk e a orquestra o levita.
João Carlos Martins, no momento seguinte, toca ao piano acompanhado pela orquestra, uma obra de Chris em homenagem a Johann Sebastian Bach demonstrando a profunda formação clássica de Chris.
Chris assume agora o piano e com a orquestra encantada ao fundo dá um show especial de Blues e Jazz. Ele canta suas composições, larga o piano, toca trombone e volta ao piano. Belo show. Para terminar com chave de ouro, João Carlos Martins ao piano e Chris ao trombone dão um espetáculo dos deuses.
Programa:
- Black Blue.
- Unsquare Dance.
- Blue Rondo para Orquestra e Piano.
João Carlos Martins ao piano.
Chris Brubeck arranjos.
Mais de 5 minutos de aplausos foi muito pouco para o melhor show que assisti em minha vida.
São momentos como estes que nos tiram da planície de vaidades, egoísmo e falsidade vivida pela maioria dos políticos que matam seus deuses internos em nome da ganância, do poder e da arrogância.
Uma boa semana para vocês.
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